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Palavra da moda: resiliência. Você sabe o que significa?

(Sônia Pedreira de Cerqueira)

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O ambiente organizacional é repleto de adversidades, decepções, dissabores e outras coisas mais que enfrentamos todos os dias. Neste contexto, a palavra resiliência vem sendo empregada de forma aleatória. Acho até que as pessoas falam em resiliência sem saber muito bem o que é. Então, resolvi fazer um apanhado na literatura para mostrar para você como este conceito é importante na construção de nossa satisfação no trabalho e fora dele.

Na verdade, o conceito de resiliência é emprestado da física e diz respeito à propriedade de alguns materiais de acumular energia quando submetidos a estresse, sem sofrer ruptura. No campo da psicologia este conceito é empregado para definir a competência de um indivíduo de superar obstáculos e resistir às pressões de situações adversas.

RUTTER Apud POLK (1997) definiu resiliência como um fator que protege os indivíduos de desequilíbrios psicológicos, e descreveu os indivíduos “resilientes” como sendo possuidores de auto-estima, dotados de um repertório de habilidades para solucionar problemas e com relacionamentos interpessoais satisfatórios.

Para CONNER (1992), as pessoas que tendem a ver primeiramente as implicações negativas no momento em que são
confrontadas com mudanças, não possuem uma proposta ou uma visão de suas vidas e, portanto, elas acham difícil reorientar seus passos quando um problema inesperado abala suas expectativas. Elas acreditam que as mudanças deveriam ocorrer de um modo lógico e ordenado. O que não ocorre em nosso mundo real. Estas são as pessoas que não possuem resiliência.

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De outro lado, há aqueles que, num momento de grandes mudanças, reconhecem o perigo da crise, posicionam-se de modo a obter uma vantagem da situação, encaram a mudança como sendo uma oportunidade a ser explorada. Estas pessoas possuem, em geral, uma visão forte e clara de suas vidas, que lhes garante uma fonte de significado. Quando uma ação inesperada as desvia do curso, elas são capazes de se reorientar graças ao fato de acreditarem que suas vidas possuem propósito (Job, 2003).

Mas o mais interessante no estudo da resiliência é que ela é uma competência que pode ser aprimorada com o passar do tempo. O estabelecimento de propósitos maiores não materiais, a forma de olhar para os problemas do dia-a-dia e a compreensão das situações adversas são pilares fundamentais para o desenvolvimento da resiliência e, consequentemente, para uma vida mais tranquila e mentalmente saudável.

A utopia da juventude

(Claudia Pedrozo)

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Nesta semana quero aproveitar a visita do Papa Francisco em nosso país e todo furor e revolução que ele causou pelo simples fato de se mostrar uma pessoa autêntica e que vive de acordo com suas crenças. Fiquei impressionada com ele. Mas me impressionou mais o fato do país inteiro se maravilhar porque ele sendo “poderoso” agir de forma simples e autêntica. Estamos tão acostumados com a hipocrisia que caímos de amor quando encontramos alguém autêntico que vive segundo o que prega. É como encontrar uma agulha no palheiro!

Não assisto muito à televisão mas assisti à entrevista que o Papa Francisco deu ao repórter do Fantástico e me encantei com ele, principalmente com sua visão da juventude.

O Papa reafirmou tudo aquilo que repito aqui quase toda semana.

Amei quando ele disse que um jovem que não protesta não o agrada. Foi poética sua descrição da juventude afirmando que “o jovem tem a ilusão da utopia, e a utopia não é sempre negativa. A utopia é respirar e olhar adiante”. O jovem é mais inconsequente, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso é muito lindo! Isso é algo comum a todos os jovens.”

Gostaria de usar as palavras do Papa Francisco para ajudar os pais e os educadores no processo de formação dos adolescentes. Ele nos aconselha a “ouvir os jovens, dar-lhes meios de se expressar, e cuidar para que não sejam manipulados. Porque há tanta exploração de pessoas… há tantos tipos de exploração… Há pessoas que buscam a exploração de jovens. Manipulando essa ilusão, esse inconformismo que existe. E depois arruínam a vida dos jovens… Temos sempre que ouvi-los. Cuidado. Uma família, um pai, uma mãe que não escutam o filho jovem, o isolam, geram tristeza na alma dele. E não experimentam uma troca enriquecedora.”

Pensei em minha experiência profissional e nos jovens com os quais tive o prazer de conviver e com os quais tanto aprendi. Era muito tranquilo trabalhar com eles e me contagiar com todas as utopias, com todas as facilidades que eles viam na resolução de um problema. Era uma energia revigorante da qual sinto falta hoje.Vem à minha lembrança os mil embates que mediei entre os jovens, com suas lógicas e explicações irreverentes e educadores que esqueceram que a irreverência e a transgressão normalmente não devem ser vistas como ofensas pessoais. Quantas vezes ouvi destes jovens o lamento pela solidão e pelo descaso em que viviam (alguns ainda vivem!). Quantas escolhas equivocadas vi acontecerem na busca de reconhecimento e atenção! Quantos “conselhos” dei, a pais e filhos, torcendo pelo melhor, tentando consertar relações desastrosas nascidas no momento da concepção irresponsáveis de alguns.

Ouvindo o Papa neste final de semana, sei que tudo que vivi e fiz não foi em vão.

Ouso aproveitar a sensação deixada por ele de que tudo é possível e que este mundo ainda tem jeito para insistir na ideia de que façamos as mudanças acreditando na força da juventude e entendendo-a como uma “ janela pela qual o futuro entra no mundo” .
Pela força dos nossos bons exemplos despertemos em nossa juventude “as melhores potencialidades para que (o jovem) seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.”

Convido todos vocês a serem utópicos! Respirando, olhando em frente e acima de tudo acreditando e amando!

Uma vez reikiano

(Paulo Sartoran)

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Inicio minha participação em Fãs da Psicanálise com a terapia que me iniciou no universo holístico: o Reiki Usui, um verdadeiro divisor de águas na minha vida. Gosto de brincar que eu me tornava menos publicitário a cada sessão de reiki que eu aplicava

Levei muito tempo para compreender que reikianos já nascem prontos. Reikianos são aqueles com impulso para a benemerência, cujos corpos vibram ondas de energia solidária, cujas mãos esquentam os alquebrados e cujos impulsos são curadores como o anônimo que corre à cabine telefônica para sair de lá um super-herói.

Reikianos, super-heróis e mestres não se escondem. Tem a consciência da potencial força que tem nas mãos para promoverem o equilíbrio aonde quer que estejam. Estão munidos de poderosas armas de amor capazes de combater energias densas quaisquer, das discussões simples às calamidades de grande magnitude.

Para quem não conhece: Rei representa uma energia cósmica, divina, natural e universal; e Ki se refere à energia individual, corpórea, física. Assim, Reiki é a técnica em que o iniciado capta e transmite, como se fosse um tubo condutor, uma poderosa torrente invisível, virtuosa – e portanto amorosa –, para um destinatário bastante específico – um ambiente, um objeto, uma plantinha, um bichinho de estimação ou uma pessoa, presente ou não. Como é uma energia, pode ser enviada a distância pelo poder da intenção. Sim. Reikianos são seres de boa intenção. São seres de impulsos amorosos que transmitem pela imposição das mãos muito mais que calor: emitem não a própria energia vital, mas a energia divina presente em tudo o que existe. Assim, reikianos não se cansam porque não é a própria energia que doam e Reiki se doa como se doa um sorriso: não há restrições de classes, nem credos, nem idade e contra ele não há ressalvas nem condições.

Ter a energia Reiki por debaixo da roupa é mais do que voar ou ser de aço: é ser um privilegiado, um defensor da paz e da ordem, cuja maior felicidade é promover a felicidade para o outro.

Decolagem

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(Paulo Sartoran)

A partir de hoje, aqui neste Fãs da Psicanálise, passo a desempenhar semanalmente um inédito papel como colaborador. Não que antes não o tivesse feito, redigindo para outros veículos em outros tempos, casos dos artigos enviados para o site do Instituto Cultural, Artístico e Literário do Brasil, de São Paulo, e para os folhetins Semana em Destaque, de Indaiatuba, e Folha de Valinhos, da terra de Adoniran Barbosa. A diferença é que antes tratava de literatura e cinema e garranchava meus contos e crônicas e desta vez orbito pelo fascinante universo holístico, sobre o qual escrevo pela primeira vez, embora já tenha 9 anos de foguete.

Aliás, decolei quando me tornei um reikiano: pude então entender que muitas das sensações que eu tinha quando menino eram derivadas de uma tal de energia que, naquele tempo, eu mal imaginava o que fosse. Sensações aquelas me formigavam durante o sono, esquentavam as minhas mãos e faziam percorrer pelo meu corpo ondas vibrantes, como arrepios de magnitudes diversas, ora intensas, ora suaves – mas sempre doces –, que só compreenderia muito tempo depois.

Por impulso do Reiki Usui descortinei outros sistemas de saúde como a Homeostase Quântica da Essência, a medicina ayurvédica, o Reiki Xamânico Estelar, a Radiestesia, o Magnified Healing. Por impulso do destino inauguramos o Instituto Cultural Potala onde, caprichosamente, estas e outras dezenas de terapias se instalaram a partir de maio de 2012, aqui em Indaiatuba, a 100 km de São Paulo. Assim, formou-se o cenário ideal para que, visceralmente ligado a um espaço holístico, pudesse trazer para os Fãs da Psicanálise não só os dotes destas técnicas, mas os testemunhos espetaculares que são capazes de alcançar.

Espero poder cumprir, com a leveza característica dos contos, e com a perspicácia peculiar da psicanálise, este novo papel que me chega. E, como o louco que inicia a jornada do herói, espero estar em muitos lugares e conhecer todos para, no último dia, escrever que tudo valeu a pena.