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As sessões, uma lição

(Paulo Jacob)

Olá, como vão?

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Hoje gostaria de falar sobre o filme “As Sessões”.

Há algum tempo eu estava procurando o filme para assistir, pois não consegui ver no cinema. mas eu eu já sabia da história do filme, pois tinha lido na internet textos sobre o filme, e na grande maioria elogiando o filme.

Para você que ainda não sabe nada sobre o filme, eis aqui uma sinopse que encontrei na internet: ” A história de Mark O’Brien (John Hawkes), um homem que viveu a maior parte de sua vida em um pulmão de ferro e está determinado – aos 38 anos – a perder sua virgindade. Com a ajuda de seu terapeuta e a orientação de seu padre Brendan (William H. Macy), ele se propõe a tornar seu sonho uma realidade.”

A terapeuta realmente faz um trabalho maravilhoso com o paciente, além do trabalho que ela faz com a mente de seu paciente, ela realiza os desejos sexuais dele, mas de uma forma totalmente empática! É incrível o trabalho que é mostrado no filme, e que até onde sei, essa terapeuta existe, realizando trabalhos com seus pacientes com os mais diversos problemas na sua sexualidade.

Bom, sem dúvida muitos a julgarão sobre o trabalho que esse terapeuta faz, pois como assim se envolver sexualmente com um paciente? Mas o intuito dela não é sexo, e sim tratar de um problema que a pessoa tem, e tratar psicologicamente e se posso dizer assim, “sexualmente” também.

É um pré requisito de um bom psicoterapeuta não ter preconceitos, pois como ele irá atender as mais diversas pessoas, tendo algum preconceito? Se o psicoterapeuta tiver preconceito com homossexuais, ele não os atende? Ou então se ele for racista, ele não atenderá raças diferentes das dele? No caso desse filme, a terapeuta não tem preconceito, ela não escolhe os homens lindos, com corpos maravilhosos para realizar desejos sexuais (se por acaso aparecer um, que assim seja!), mas para a terapeuta ela vê um ser humano precisando de ajuda, e não um homem precisando de ajuda, independente de como ele for.

E no filme podemos ver que da mesma forma que nós psicoterapeutas devemos trabalhar com empatia (respeito, humildade, compreensão, amor, etc…) com nossos pacientes, ela faz isso também através da sexualidade, agindo com neutralidade até onde for possível agir em uma situação como essa.

O mesmo carinho que podemos ter com nossos pacientes, no sentido de compreender os limites do paciente, ela age no filme da mesma maneira com ele. Se todos nós agíssemos com quem nos relacionamos, da mesma empatia que ela com seu paciente, certamente a sexualidade de todos seria muito melhor!

É uma lição para todos nós!!

Um abraço e até a próxima.

Sexualidade não tem idade

(Paulo Jacob)

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Olá! Tudo bem? Espero que sim!

Quantos anos você tem? Você se considera “velho(a)” demais para pensar em sexo? Sexo para você é algo que você só lembra quando a nostalgia dos bons tempos começa a ocupar a sua mente?

Você acha que a sua sexualidade vai acabando conforme seu corpo vai envelhecendo? E se eu te falar que conforme nós vamos nos tornando mais “velhos”, nossa sexualidade vai aprimorando?

Sexo é muito além de simplismente transar! Lembre-se de que sexualidade (assim como a nossa vida) envolve, corpo, mente e espírito (alma), no caso da sexualidade vou chamar espírito de afetividade.

Quando somos jovens o que conta mais é o nosso corpo, e tudo que envolve a biologia humana, e aí acabamos esquecendo um pouco da nossa mente e o nossa afetividade. Então nessa fase o que vale é a quantidade, e a qualidade acaba ficando um pouco de lado. São poucas as meninas que conseguem ter orgasmo nesse período, porque os meninos estão preocupados em “gozar” e ponto, ou seja, mal dá tempo de uma menina começar a chegar perto de atingir o orgasmo, que o cara já acabou.

Conforme vamos envelhecendo e vivenciando várias coisas, começamos a perceber que além do corpo, a nossa mente também pode fazer diferença. É muito comum que mulheres após os 30 anos de idade, comecem a se soltar mais durante as relações sexuais, pois como já vivenciaram várias coisas, acabam se sentindo mais seguras, deixando de lado certos medos e tabus sobre o sexo, ou seja, sua mente fica livre, e consequentemente conseguem se entregar mais ao parceiro. Ao mesmo tempo se tornam mais exigentes em relação à eles, pois com razão também querem ter prazer na relação,  tendo orgasmo.

Bom, e aí o tempo vai se passando, a mente está bem aberta, mas o corpo começa a não atender mais as nossas expectativas, fazendo com que obrigatoriamente a afetividade seja a melhor maneira de eu me relacionar com meu parceiro. Isso não significa que o sexo não possa ser praticado, mas é feito através de muito carinho, e não mais com aquela “animalidade” toda que os jovens e adultos fazem. Então o contato físico (penetração) se torna não tão mais importante, mas o que vale mais são os carinhos, abraços, palavras de amor, etc. A falta do físico é recompensada pelo amor, pela afetividade.

A sexualidade ideal deveria ser a união da vitalidade de um jovem, a mente aberta de um adulto, e a afetividade de um idoso. Com isso se eliminaria qualquer problema em relação a idade avançada de uma pessoa para se fazer sexo. Se nas nossas relações com nossos(as) parceiros(as), nós tivéssemos essa consciência, certamente seríamos mais felizes, porque estaríamos aproveitando de uma maneira mais completa o sexo. Um exemplo próximo a isso que estou falando, seria o sexo tântrico.

Pratiquem!! Com o corpo, a mente e afetividade!!

Tenham uma ótima semana!

Prazer proibido

Olá todos!!
 
Hoje eu gostaria de compartilhar com vocês um vídeo que assisti há alguns dias atrás. O título do vídeo é “Clitóris, prazer proibido”.
Achei muito bom este documentário, pois mostra o quanto ainda a maioria das pessoas (principalmente as mulheres), não conhece esse órgão que tem como única finalidade o prazer feminino.
Todos os pareceres e comentários dos profissionais são muito válidos, mas particularmente, gostaria que se atentassem aos comentários da professora de Psiquiatria – Leonore Tiefer (mais para o final do documentário, aos 40 minutos…), em que ela opina sobre o que é sexualidade.
Espero que gostem, e opinem depois.
 
Abraços e ótima semana!

Paulo

Histeria e vibradores

(Paulo Jacob)

sexualidade

Olá, como vão? Espero que bem!

Há umas duas semanas, eu assisti um filme chamado “Histeria” (procurem nas locadoras, já tem para locar). O filme foi baseado em fatos reais, e conta a relação da histeria, com a invenção dos vibradores, é isso mesmo, com os vibradores que hoje encontramos em lojas do tipo “Sex Shop”.

É que no final do século 19, existia uma doença causada por algum problema relacionado ao útero da mulher, esse doença era a histeria. As mulheres histéricas, tinham como característica uma agressividade fora do normal (imaginem nessa época, se uma mulher podia por exemplo falar mais alto, ou gritar com seu marido), ausências (desmaios), choros e risos descontrolados, e outras reações consideradas inapropriadas para uma mulher daquela época. O tratamento consistia em massagear o útero, e isso só era possível através da penetração com o dedo na vagina, e assim o útero era estimulado. Era óbvio que a grande maioria das mulheres chegavam ao orgasmo, e assim saiam alegres dos consultórios dos médicos. Parece mentira, mas era mais ou menos isso. O vibrador foi inventado nessa época, como forma de tratamento para as mulheres.

As mulheres possuem uma “ótima complexidade” na sua sexualidade, digo ótima, pois elas (teoricamente) podem conseguir chegar ao orgasmo estimulando outras partes de seu corpo, além da vagina. É como eu disse no texto sobre o prazer feminino (texto de 27/07), as mulheres são muito mais orgásticas que os homens, e o não “escoamento” de todo esse tesão (pulsão sexual), pode causar dentre outras coisas, a histeria.

Freud começou a psicanálise estudando sobre a histeria. Ele juntamente com Charcot (hipnólogo), fizeram muitos testes com mulheres diagnosticadas com histeria na época. Freud mostrou que a histeria estava muto mais relacionada com o psicológico dessas mulheres, do que com o físico, pois quando as mulheres eram hipnotizadas, as crises paravam, e quando voltavam para o normal, as crises voltavam, ou seja, era só a pessoa ficar em estado alterado mentalmente, que o problema cessava. Se o problema fosse realmente só físico, era para a pessoa continuar tendo ataques, mesmo hipnotizada.

Dizem que Freud quando atendia suas pacientes com problemas de mau humor, ou com sintomas histéricos (entre outros problemas), era comum em suas anotações escrever “P.N.”, ou seja “Penis Normalis”, que queria dizer que essas pessoas precisavam eram ter relações sexuais.

Aquela relação que no dia-a-dia fazemos, que quando uma pessoa está irritada, nervosa, impaciente, e que essa pessoa precisa de sexo, tem fundamento! Então lembre-se de Freud quando você começar a ter o famoso “piti”. Penis Nornalis!!

Abraço, e ótima semana!

Sexo ou sexualidade?

(Paulo Jacob)

sexo

Olá, tudo bem? Espero que sim!

Hoje vamos falar sobre o tema que intitula essa parte do blog, ou seja, sexualidade.

Qual sua opinião sobre esse tema? Pensando nele, logo vem à sua cabeça “sexo, sexo, sexo…”? E o antes do sexo? O que é?

E se eu disser para você que a sexualidade é o sexo também, pode parecer óbvio, mas que existem coisas além disso para que o sexo fique melhor.

Então para começarmos a falar mais sobre esse assunto, vou te fazer uma provocação. Imagine que nesse momento bateu aquela vontade de você transar com seu marido/esposa/namorado/namorada….., mas você sabe que isso só será possível fazer à noite, pois devido a rotina de vocês, o horário que “sobra” é à noite. O que você irá fazer para quando chegar esse momento, fique melhor? Colocar uma roupa especial, sair para jantar em um lugar diferente, ou fazer algo para comer em casa mesmo, mas algo fora da rotina, abrir uma garrafa de vinho, ouvir uma música mais romântica… tá ficando bom, né? É…. Mas ainda falta muita coisa para falar que isso é sexualidade, isso é a cereja do bolo, para depois durante o sexo, comer a cereja, entende?

E antes de toda essa preparação? O que você fez para esses momentos ficarem melhores ainda? Quando acordou (isso se morarem juntos), disse um “Bom Dia!” (se não morarem juntos, mensagem no celular também funciona, ou ligar e falar…), deu um abraço mais apertado, um beijo mais demorado? Demonstrou o seu carinho e felicidade pela oportunidade de estar junto da pessoa que ama/gosta? Ao longo do dia demonstrou que à noite você está afim de fazer algo especial? Seja por email, carta, sinal de fumaça, torpedo, etc? Escreveu coisas mais românticas, para deixar ainda mais claro as suas intenções? E quando viu a pessoa, se esforçou para mesmo cansado, dar um sorriso, e mostrar para ela que estava feliz em vê-la novamente? Perguntou como foi o dia dela, ouviu com paciência seus problemas, e procurou ajudar dentro das suas possibilidades, demonstrando interesse? Chamou-a para tomar uma banho junto, pediu para que lavasse o seu corpo, você lavou o dela…

Viu quantas coisas podemos fazer, antes de chegar na cereja do bolo? Concorda que se fizer algumas dessas coisas, a cereja vai ficar mais doce, suculenta?

É, você pode pensar que sexualidade dá trabalho, mas a recompensa no final é muito boa!! Tente fazer, e me fale se valeu ou não a pena.

Abraços, e ótima semana para você.

Os desejos

amor3Os desejos…

(Paulo Jacob Scolfaro)

Muito legal essa oportunidade que estou tendo em escrever sobre o tema sexualidade para o blog “Fãs da Psicanálise”. Agradeço novamente pelo convite, e espero fazer as pessoas pensarem mais sobre o assunto, de uma maneira “fora do padrão”, ou seja, se utilizando das informações que vou colocar aqui, poderão ter opinião própria sobre o tema.
Desejo: ato de desejar, cobiça, apetite. É assim que o dicionário define a palavra desejo. E você? Quais outras definições e sinônimos poderia incluir, somar à essa palavra? Vontade? Sonho? Necessidade?
Já parou para pensar que desejamos o tempo inteiro? Você lendo esse texto, pode desejar algo nesse momento. Descansar, comer, beber, rir, chorar… E de onde vem estes desejos? Se eu disser, que existe dentro de nós algo que nos “manda” fazer coisas, que nós mesmos não temos noção de que precisamos, mas que por impulso nós agimos afim de saciar essas necessidades psicológicas (e orgânicas também), e com isso equilibrar todo o nosso aparelho psíquico, nos fazendo se sentir mais calmos, tranquilos? Você aceitaria sem exitar, acreditar nesse “ser” que nos controla? E que ele age inconscientemente, ou seja, sem você perceber?
E quando falamos dos desejos sexuais? Você acha que eles surgem de onde? Temos dentro de nós o instinto animal da reprodução, mas quando desejamos ter prazer, o sexo geralmente está relacionado (ou não… tem gente que prefere comer chocolate).
A sexualidade é muito maior que o sexo. É o desejo em tocar, abraçar, beijar o outro. É passar para o parceiro (ou parceira) o seu amor, visando a felicidade, o prazer do outro em primeiro lugar, e não saciar os meus desejos primeiramente, mas sim o do outro. É começar o dia com um abraço, um beijo mais forte, e encontrar a pessoa no final do dia e terminar o que começou de manhã.
Aqui no blog irei dissertar mais sobre a sexualidade, procurando mostrar para vocês que ainda somos muito “primitivos”, e que o sexo, a relação sexual é um detalhe, e não o ponto final. Além de muitas outras informações, que possibilitem vocês a ousarem mais, se boicotarem menos…
Lembrem-se, o desejo é o começo da sexualidade.
Até a próxima!

Os desejos

amor3Os desejos…

(Paulo Jacob Scolfaro)

Muito legal essa oportunidade que estou tendo em escrever sobre o tema sexualidade para o blog “Fãs da Psicanálise”. Agradeço novamente pelo convite, e espero fazer as pessoas pensarem mais sobre o assunto, de uma maneira “fora do padrão”, ou seja, se utilizando das informações que vou colocar aqui, poderão ter opinião própria sobre o tema.
Desejo: ato de desejar, cobiça, apetite. É assim que o dicionário define a palavra desejo. E você? Quais outras definições e sinônimos poderia incluir, somar à essa palavra? Vontade? Sonho? Necessidade?
Já parou para pensar que desejamos o tempo inteiro? Você lendo esse texto, pode desejar algo nesse momento. Descansar, comer, beber, rir, chorar… E de onde vem estes desejos? Se eu disser, que existe dentro de nós algo que nos “manda” fazer coisas, que nós mesmos não temos noção de que precisamos, mas que por impulso nós agimos afim de saciar essas necessidades psicológicas (e orgânicas também), e com isso equilibrar todo o nosso aparelho psíquico, nos fazendo se sentir mais calmos, tranquilos? Você aceitaria sem exitar, acreditar nesse “ser” que nos controla? E que ele age inconscientemente, ou seja, sem você perceber?
E quando falamos dos desejos sexuais? Você acha que eles surgem de onde? Temos dentro de nós o instinto animal da reprodução, mas quando desejamos ter prazer, o sexo geralmente está relacionado (ou não… tem gente que prefere comer chocolate).
A sexualidade é muito maior que o sexo. É o desejo em tocar, abraçar, beijar o outro. É passar para o parceiro (ou parceira) o seu amor, visando a felicidade, o prazer do outro em primeiro lugar, e não saciar os meus desejos primeiramente, mas sim o do outro. É começar o dia com um abraço, um beijo mais forte, e encontrar a pessoa no final do dia e terminar o que começou de manhã.
Aqui no blog irei dissertar mais sobre a sexualidade, procurando mostrar para vocês que ainda somos muito “primitivos”, e que o sexo, a relação sexual é um detalhe, e não o ponto final. Além de muitas outras informações, que possibilitem vocês a ousarem mais, se boicotarem menos…
Lembrem-se, o desejo é o começo da sexualidade.
Até a próxima!